Relembre o que rolou no Fórum de IM 2018!
Não deu para ir ao Fórum de Inteligência de Mercado deste ano? Fique tranquilo! Com a seleção que fizemos para você dá até para sentir o gostinho de como foi Fórum de IM 2018 :) Alguns dos principais executivos do país na área de Inteligência trouxeram estudos de caso e deram vários insights sobre quais são as principais tendências para a Inteligência Mercado nos próximos anos. Tivemos ótimas palestras sobre Data Science, discussões incríveis sobre os desafios da implantação do Omnichannel e debates sobre o futuro das funções de inteligência de mercado. Não dá para perder, né? Confere com a gente!
A palestra de abertura do evento foi do Diego Senise, Co-fundador da Ilumeo, que ficou com a missão de mostrar como aplicar o tão falado Data Science na prática. Ele diz que para ter um bom processo de data science hoje é preciso mais do que técnicos e programadores. É de extrema importância “treinar líderes de data science, não apenas pilotos de ferramentas”.
Para ele, o segredo para montar uma boa equipe de data science é ter de forma bem estruturada três competências: estatística, estratégia e tecnologia. Você pode estar imaginando: mas será que existe hoje um profissional que seja um expert nessas três áreas?
Infelizmente, segundo Diego Senise, a resposta é não! Pelo menos não por enquanto. A solução é encontrar um bom líder que transite bem nas três áreas e que coordene um time multidisciplinar.
Uma das principais dicas do Diego também foi a de dedicar tempo extra com a leitura de papers estrangeiros. Ele mostrou vários exemplos de estudos acadêmicos de grandes universidades que poderiam ser aplicados em empresas brasileiras imediatamente!
Entre os estudos, alguns exemplos chamaram a atenção. Um deles usou machine learning para recomendar argumentos sob medida para vendedores de Call Center ao analisar em tempo real o perfil de cada cliente ao telefone. Outro bastante interessante foi um projeto de Lead Scoring. Ele cria um sistema que analisa o “score” do lead de acordo com a sua capacidade de conversão. Assim a empresa otimiza o processo de captura de clientes, podendo concentrar esforços nos leads de maior “score”!
Com toda essa nova capacidade de otimização, uma pergunta não poderia ficar de fora do evento. O profissional de IM corre o risco ter suas funções automatizadas? Esse foi o tema do debate que veio logo em seguida.
Será que o profissional de IM está preparado para as mudanças tecnológicas?
Para discutir esse tema, trouxemos um time extremamente qualificado. Participaram do debate o Sandro Simas, diretor de transformação digital da Telefônica; Yan Carlomagno, diretor de operações da Snapcart; Andrea Destri, conselheira da Live University; Tatiana Brammer, diretora comercial da Kellogg Company; Alessandro Luz, gerente de inteligência de mercado e pricing na Intercement; Donald Neumann, head of data science no Project Daisy-CTI e Cláudio Wiltemburg, gerente da Abbvie Farmacêutica.
Diante da provocação do tema, alguns advogaram a favor das habilidades humanas, das soft skills, e da nossa capacidade de adaptação sempre superior às máquinas; já outros mostraram como muitos profissionais correm sim o risco de se tornarem obsoletos caso não compreendam as mudanças em tempo.
O Donald Neumann começou a conversa lembrando o imenso potencial das ferramentas de hoje. Ele citou a Cambridge Analytics, envolvida no escândalo de vazamento de dados do Facebook. Com apenas 10 likes a empresa conseguia descrever a personalidade de uma pessoa de forma semelhante a um amigo, e com 100 likes da mesma forma que a mãe dele. É realmente assustador. Ele destacou ainda as ferramentas de deep learning, que são capazes de reconhecer padrões ocultos em dados que os humanos não descobririam. “A base do deep learning é o funcionamento do cérebro. Você o ensina como ensina uma criança”, explicou.
Argumentando pelo outro lado, o Alessandro Luz apontou que boa parte da inteligência ao se analisar os competidores tem muito do elemento humano. “Quando nós avaliamos a nossa concorrência, além de olhar os dados, a gente sabe quem está do outro lado como ser humano, e como é a tomada de decisão dele.”
A Tatiana Brammer afirma que por mais que seja possível ganhar agilidade com as máquinas, o elemento humano é crucial na tomada de decisões, principalmente quando há necessidade de adaptação a problemas no curto prazo, muitas vezes não previstos, como a greve dos caminhoneiros, por exemplo.
Na mesma linha, a Andrea Destri destacou um ponto importantíssimo. Um grande aspecto por trás da decisão humana é a responsabilização. “Se eu deixo uma máquina decidir, vou sempre colocar a culpa no outro”, questionou. Então fica a pergunta. Será que diluir a responsabilidade na tomada de decisão pode ser algo positivo? E negativo?
Convidamos você a pensar sobre este e os vários outros temas que surgiram nesses dois dias incríveis de aprendizado. O Fórum de IM da Live University-Ibramerc é o lugar ideal para refletir sobre os caminhos da Inteligência de Mercado. Data Science, Pricing e Omnichannel foram apenas alguns dos destaques desta edição. Não perca a próxima! ;)
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