Investimento em tecnologia e grandes pesquisas geram resultados satisfatórios, certo? Nem sempre! Quanto mais se investe em Inteligência Artificial, soluções de Big Data e IoT (Internet of Things), mais ainda é necessário ter uma Governança de Dados bem implementada que estruture e organize as informações úteis de fato para a empresa.
A Governança de Dados é uma estratégia de sobrevivência na era digital, onde produzimos muito mais informações do que consumimos. Encontrar dados de qualidade tem se tornado um grande desafio, e também um dos principais motivos que dão prejuízo para a organização. Uma pesquisa da Harvard Business Review aponta que apenas 3% das empresas atingem níveis de qualidade com os dados que trabalham.
Na maioria das vezes você pode até achar que seus dados fazem todo sentido e vão dar o resultado que tanto espera, quando na verdade é justamente o contrário. Para filtrar e selecionar o que realmente tem utilidade em meio a tanta informação é preciso ter uma estrutura de dados bem organizada.
A Governança possibilita que as áreas de inteligência tomem decisões estratégicas com base em dados precisos e com a agilidade que o mercado exige. Boa parte do mercado já entendeu que ela gera valor para o negócio (apesar que pouquíssimas empresas sabem implementá-la de forma adequada).
Além de todo esse aspecto estratégico, a importância da Governança de Dados vem crescendo ainda mais com a história da lei LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). É possível atender diversas exigências da lei com uma boa Governança. Neste momento em que a discussão sobre privacidade está em alta, é primordial transmitir transparência e segurança para os clientes. Então, está claro que a preocupação com os dados deve ser uma responsabilidade das empresas.
Já que a inteligência do negócio depende de uma boa estratégia de Governança, certamente os efeitos negativos da falta dela são inúmeros. Dentre eles:
Diogenes Justos, Gerente de Big Data & Analytics na Via Varejo, explica que há uma necessidade em trabalhar com os dados de forma organizada. “A partir do momento que a empresa começa utilizar mais dados com investimento em tecnologia, naturalmente a necessidade de implementar a Governança de Dados vai vir à tona”.
A arquitetura de dados não deve só estar disponível, mas também precisa da participação efetiva das áreas de inteligência da empresa. “Com uma estrutura bem governada, dados edificados e com qualidade em um estágio avançado da Governança de Dados, fica muito mais fácil e rápido de conseguir implementar projetos na organização”, enfatiza Giogenes.
Para implantar a Governança de Dados na empresa é preciso ter experiência, pois ela não é um aparato de processos que vão burocratizar a companhia. Na verdade, uma boa prática de Governança conta com um mindset de mobilizar a utilização dos dados para atingir os objetivos da empresa de forma estratégica.
Ficam aqui as dicas, Ponto 1, é preciso ter em mente que um método eficaz de Governança visa viabilizar o processo e não burocratizar. Ponto 2, tem muitas coisas relacionadas à Governança que são definições de processo e que não necessitam de grandes investimentos, mas sim dos esforços das áreas que são interessadas.
Cada empresa tem uma estratégia, um objetivo e seus próprios interesses. Então, não existe o jeito certo e engessado de direcionar a Governança de Dados. É preciso trabalhar e adaptar a Governança de acordo com missão, trajetória e momento de mercado de cada organização.
Com uma estratégia sólida de Governança é possível ter um catalisador de dados de qualidade que vai gerar inteligência para empresa. As áreas envolvidas precisam estar atentas às necessidades e objetivos do negócio, o que pode se tornar um diferencial competitivo na era digital.