Sexta maior empresa do mundo e primeira em bens de consumo, a Coca-Cola é sinônimo de refrigerante em todos os cantos do planeta. É difícil imaginar que uma empresa com tanta expressão, poderia sentir uma crise. Mas a chegada da pandemia trouxe incertezas para todos os setores e para a gigante de bebidas açucaradas não foi diferente.
Para enfrentar esse momento de incerteza, em apenas duas semanas, a Coca-Cola já havia traçado um plano de atuação, que se baseava em três pilares:
Aumento de preço: Aqui cabia a seguinte reflexão: será que a inflação interna deveria ser repassada para o consumidor? A resposta quase imediata seria que sim. Mas na crise, é necessário um olhar mais atento. É preciso balancear a equação (volume, mix e preço), para ter o menor impacto possível no bolso do consumidor. Dessa forma é viável continuar sendo rentável, mesmo em um momento de incerteza.
Inteligência Promocional: A queda do PIB em quase 6%, trouxe um aumento exponencial no desemprego e endividamento, afetando especialmente as classes C e D. Esse cenário eleva ainda mais a relevância de itens promocionais para venda. No caso da Coca-Cola, é importante ressaltar que cerca de 35% das vendas são de efeito promocional, sendo que destes, 70% seriam vendidos de qualquer maneira. Além disso, é preciso tomar cuidado com a canibalização do produto, incentivando o consumidor a migrar de uma embalagem maior e mais rentável para um embalagem menor,
Portfólio: Nesse caso, um estudo de preços que indicou maior oportunidade de crescimento em produtos que custavam até R$ 5,50, aliado ao aumento do impacto dos temas de sustentabilidade para os consumidores, fez a Coca-Cola investir nos produtos com embalagens retornáveis nessa faixa de preço. Não à toa, esses produtos representaram o maior crescimento das vendas da empresa nesse período.
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