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Chatbots: conheça a história dessa fascinante tecnologia

Written by Live University - Ibramerc | Dec 15, 2017 6:02:51 PM

Há muito tempo ouvimos falar sobre chatbots respondendo a mensagens. Entretanto, nos últimos anos, o avanço nesse sentido tem sido bastante significativo e, atualmente, médias e grandes empresas usam chatbots para o atendimento ao cliente. Desde a década de 40 até aqui, muita coisa mudou, e o surgimento de novas tecnologias como Deep e Machine Learning, inteligência artificial, por exemplo, ajudaram a alavancar essa grande toada.

Os primeiros chatbots eram “meio travados”, claro, precisamos levar em consideração todo o contexto em que eles estavam inseridos, certo? Lembre-se de que estamos falando de uma época em que a tecnologia não avançava tão rápido quanto hoje e de quando não existia celular e, tampouco, internet.

Os primeiros chatbots tinham uma configuração, ao meu ver, interessante. Eles buscavam palavras-chave numa determinada frase, consultavam uma base de conhecimento e tomavam decisões a partir do input do usuário. Podemos dizer, portanto, que existem dois tipos de chatbots: aqueles orientados a parâmetros ou regras e aqueles de inteligência artificial, com análise de sentimentos e tudo mais.

Dentro dessa “pequena” diferença, chatbots que utilizam inteligência artificial são baseados em algoritmos, big data, machine learning (como dito acima), estatística, entre outros. Contudo, como veremos nos tópicos relacionados à história dos chatbots, há anos que inteligência artificial é utilizada para sua construção.

Mas o que favoreceu o “boom” nos últimos anos? Bem, essa é uma questão para outro artigo, mas no tópico abaixo eu explico um pouco o porquê.

Entendendo o contexto

O grande ponto do artigo é: a evolução da tecnologia e uso em massa. Em 1969 ocorreu o primeiro envio de e-mail feito por meio de um sistema conhecido como ARPANET. Hoje, enviamos e recebemos milhões de e-mails todos os anos.

Baixe o infográfico da História dos Chatbots

A respeito do celular, nos últimos quatro anos, somente no Brasil, o uso de “smartphones” cresceu 3,5 vezes. Até o fim de 2017 o Brasil terá um celular por habitante, aponta um estudo feito pela FGV! Em relação à internet no Brasil: em 2012, 40% das pessoas tinham acesso. Hoje esse número saltou para 70%, de acordo com a pesquisa feita pelo Google Barometer.

Google Barometer pesquisa

No mundo, em comparação a 2012, houve um aumento de mais de 70% no uso de aparelhos celulares. O uso praticamente dobrou de tamanho, ainda segundo dados do Google Barometer.

Mas esses dados são superficiais perto de tudo o que poderia ser analisado nessa parte do artigo. Esses exemplos foram usados entre 2012 e 2017, sendo que esse artigo traz informações desde 1940!

Por isso, podemos dizer que, hoje em dia, os chatbots fazem muito, mas muito mais sentido, capiche? Algo que antes era extremamente restrito, hoje faz parte da vida social, desconstruindo a forma como nos relacionamos e favorece a relações entre empresa e cliente, humano-humano, mesmo que num “próximo distanciamento”.

Outro ponto a ser citado a título preliminar é que, em 2016, a Apple abriu o desenvolvimento da Siri para que os amantes da tecnologia pudessem ajuda a melhorá-la. O Facebook, também em 2016, abriu o API do Messenger para que empresas e desenvolvedores pudessem inserir seus chatbots.

Outro ponto interessante de ressaltar é o conformismo social. Grande parte das pessoas está conformada com a situação, o que favorece uma perspectiva otimista sobre os chatbots de certo modo, não impedindo de maneira alguma o seu avassalador progresso.

Bem, dito isso e colocados à mesa os exemplos contextuais, vamos adiante. Espero que você ainda esteja comigo. Então, à história! Apertem os... parafusos e liguem seus PCs!

# 1940 - Eu, Robô, de Isaac Asimov

Eu, Robô é um livro que reúne os primeiros escritos de Isaac Asimov (1920 – 1992) sobre o tema. Mais especificamente, são nove contos redigidos entre 1940 e 1950 e que trazem à tona uma, digamos, linha evolutiva dos autômatos através do tempo.

Em suas obras, podemos identificar outro conceito criado por ele: cérebro positrônico, que nada mais é do que o “cérebro” de robôs que possuem inteligência artificial.

Asimov era bioquímico e é considerado um dos grandes mestres da Ficção Científica. Autor de mais de 460 obras, apresentou no livro as três leis da robótica, os princípios que regem o comportamento dos robôs e movem toda a história por trás da escrita.

As três leis da robótica

1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.

2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.

3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Lei.

A obra de Asimov representou um grande marco em toda a história da Ficção Científica. Nela o autor apresentou um ponto de vista em relação as máquina que pode ser considerado como “disruptivo” nos dias atuais. Com 99.7% de certeza, afirmo que “Eu, Robô” é a base e fonte de inspiração a tudo que é relacionado à inteligência artificial e a robótica, juntamente com estudos de Turing.

Baixe o infográfico da História dos Chatbots

Os fascinantes contos de Asimov têm como personagens desde um mero robozinho de tarefas domésticas, como a empregada Rosie do desenho animado da década de 60, os Jetsons, até máquinas superpoderosas que regem as leis do mundo, como aquelas do filme Blade Runner 2049: O Caçador de Androides

https://www.youtube.com/watch?v=0nrt0KMMecs

De forma resumida, os contos são baseados nas três leis da robótica e a forma inesperada como os robôs podem agir conforme as brechas nessas leis. As incríveis histórias de Asimov foram (e ainda são) fonte de inspiração para tudo que permeia a inteligência artificial, inclusive em 1962, uma adaptação de uma de suas séries foi transmitida pela TV pela primeira vez. Anos atrás, o filme “Eu, Robô” (2004), no qual Will Smith interpreta Dr. Miles,  foi baseado no livro de Asimov.

https://www.youtube.com/watch?v=JWqCEzZEv2k

# 1950 - O teste de Turing, de Alan Turing 

Muito provavelmente você já deve ter assistido ao filme “O jogo da Imitação” (2014), certo? Se você não assistiu ainda, eu super indico esse longa. Alan Turing (1912 – 1954) esteve entre os maiores (senão o maior) matemáticos e criptógrafos do mundo.

O ator Benedict Cumberbatch interpretando Turing

Conhecido como o pai da computação, este homem inglês foi um pilar para a criação do conceito de algoritmo e computação quando criou, com seus colegas, a Máquina de Turing, que é considerada uma grande base para o computador que temos hoje. Steve Jobs e tantos outros devem agradecê-lo.

Devido à sua homossexualidade – proibida à época, Turing foi caçado e submetido a um tratamento com hormônios femininos. Entretanto, suicidou-se ao ingerir doses de cianeto, poucos dias depois de ter completado 42 anos.

O teste de Turing

Alan Turing foi um grande gênio, apenas a introdução feita já mostra isso. Este ser humano insaciável pelo conhecimento e pela tecnologia publicou, na revista Mind, em 1950, um artigo intitulado de “Computing Machine and  Intelligence”.

Esse rico material, hoje conhecido como “Teste de Turing”, descreve uma experiência que visa descobrir se a inteligência artificial pode enganar um ser humano enquanto responde questões feitas por ele. Alguns pontos analisados nas respostas são: empatia, sexualidade e consciência. Se o resultado for igual ou superior a 30%, a máquina passa no teste.

Em um de seus escritos, Turing ressaltou: “acredito que no fim do século o uso da palavra e opinião geralmente educada terão se alterado tanto que alguém será capaz de falar de máquinas pensantes sem ser contraditado.” Parece que esse dia chegou e Turing deve estar tão feliz quanto Einstein quando comprovaram a existência das ondas gravitacionais e a forma como elas distorcem o espaço-tempo.

Em 2014, sessenta anos após a morte de Turing, pela primeira vez na história, um chatbot russo conhecido como Eugene Goostman, incrivelmente, passou no teste ao convencer 33% dos juízes passando-se por uma criança de 13 anos que vivia na Ucrânia.

Assista ao trecho do vídeo abaixo onde o Teste de Turing foi roteirizado na série Numb3rs:

https://www.youtube.com/watch?v=FO0X_Cdevmo

# 1966 – Eliza, Joseph Weizenbaum

Agora chegamos ao ponto dos chatbots – literalmente. Eliza, um chatbot que foi criado apenas com 204 linhas de código e atua como uma terapeuta da linha rogeriana (centrada na pessoa), foi desenvolvida pelo alemão-americano Joseph Weizenbaum (1923 - 2008), que foi um pesquisador e professor emérito do Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT.

Converse com Eliza.

Eliza é conhecida “oficialmente” como o primeiro chatbot. Basicamente, sua ação é fundamentada na empatia e ausência de julgamento conforme o usuário vai inserindo os inputs no sistema. Lembre-se, estamos falando de cerca de 30 anos antes dos smartphones estarem em nossos bolsos.

Baixe o infográfico da História dos Chatbots

Seguindo a linha rogeriana, Eliza busca entender as profundezas do indivíduo da seguinte maneira: se o usuário dispuser um input como “tenho me sentido extremamente feliz”, o output de Eliza seria “Por que você sente assim?”.

Sua linha de código relativamente simples – e de tão simples torna-se assustadora, deixa-nos uma mensagem importante: não complicar demais as coisas. Anos mais tarde, Eliza seria aperfeiçoada por Kenneth Colby.

# 1972 – Parry, de Kenneth Colby

Parry é um robozinho programado pelo psiquiatra e cientista de Stanford  Kenneth Colby (1920 – 2001) que simula um paciente esquizofrênico paranoico que pode conversar com outras pessoas. O objetivo do professor era criar um sistema de ensino de realidade virtual bom o suficiente para os estudantes utilizarem antes de atenderem pacientes reais.

Vocês até podem achar isso estranho, mas Sigmund Freud (1856 – 1939), muitas vezes, atendia seus pacientes por meio de cartas e funcionava perfeitamente bem. Meu analista que me desculpe, mas quem dera eu recebesse cartas dele!

Voltando ao tema, algumas fontes dizem que ele (Parry) foi o primeiro a passar no “Teste de Turing”, entretanto, há controvérsias. Sim, e muitas. Mas, no fim das contas, o que importa? Parry foi programado para se sustentar sobre um sistema de crenças, inclusive sobre o estado de espírito, o que inclui raiva, medo, desconfiança, entre outros.

Parry e Eliza dialogaram entre si diversas vezes, sendo o mais conhecido datado de janeiro de 1973, feito no primeiro encontro da International Conference on Computer Communications – ICCC. Se você quiser, acesse outros diálogos de Parry com humanos.

# 1984 – Carla, de Rodrigo de Almeida Siqueira

Avançamos 12 anos no tempo. Inspirado em Eliza, Rodrigo de Almeida Siqueira, com apenas 14 anos, criou a Carla, um chatbot que funcionava com alguns “truques linguísticos”. Atualmente, Carla é conhecida como a versão mais moderna de Eliza, criada em 1966. O estudo foi publicado em 1984, na revista MicroHobby n. 12.

Carla, estudo publicado em 1984, na revista MicroHobby n. 12.

#1988 Jabberwacky, de Rollo Carpenter

Rollo Carpenter (1965), um desenvolvedor de inteligência artificial britânico e também criador do CleverBot, desenvolveu o Jabberwacky, um robô bem-humorado e divertido capaz de simular uma conversa natural.

Os esforços de Carpenter foram no sentido de que o robô começasse a aprender gerando seu próprio ciclo de feedback, ou seja, por meio da retroalimentação – algo que muitas empresas têm buscado nas consultorias que contratam por conta do baixo headcount na operação.

Baixe o infográfico da História dos Chatbots

A ideia era fazer o chatbot “absorver” o input do usuário e armazená-lo para utilizar em outras conversas, inclusive em outros idiomas. Em linhas gerais, a inteligência artificial de Jabberwacky foi programada com um único intuito: passar no teste de Turing.

Veja abaixo uma conversa com Jabberwacky:

https://www.youtube.com/watch?v=WzIN4qpGe5A

#1992 Dr. Sbaitso, de Creative Labs

Dr. Sbaitso, um acrônimo para Sound Blaster Actting Intelligent Text to Speech Operator, era um chatbot para MS DOS. Dr. Sbaitso tinha várias placas de som, que foram publicadas pela Creative Labs, no início dos anos 90.

Esse chatbot, bastante interessante por sinal, emitia “som próprio” – confesso que gostei bastante, parece os sons de jogos de Master System. Dr. Sbaitso, entretanto, foi programado para chamada síntese de fala de inteligência artificial ou produção artificial da fala humana.

Em linhas gerais, funciona por meio de um sistema de computador conhecido como “computador de fala” ou “sintetizador de voz”. Dr. Sbaitso foi programado para, assim como os demais, também se passar por um psicólogo. Historicamente, Dr. Sbaitso foi marcado por uma das primeiras tentativas de incorporar Inteligência Artificial em um chatbot.

Entretanto, a maioria das respostas eram do tipo: “Por que você se sente assim?” em vez de uma interação mais complexa. Tudo por meio de voz, o que o diferenciava de Eliza.

Assista a uma pequena interação com Dr. Sbaitso e veja o que estamos falando:

https://www.youtube.com/watch?v=sV3pYZZ2jEw

#1995 – A.L.I.C.E, de Dr. Richard Wallace

Esse é (também) um grande gênio. Em 1995, na Lehigh University, Dr. Richard Wallace, Ph.D. em informática da Carnegie Mellon University, criou o chatbot A.L.I.C.E, antiga Alicebot e um  dos softwares mais famosos da atualidade.

Dr. Richard Wallace, criador da A.L.I.C.E

Baseado em .XML e estruturada sob a linguagem AIML (linguagem de marcação de inteligência artificial), o sistema neural construído por Dr. Wallace ajuda a especificar as regras de conversação, tags de marcação, etc. Você pode ter uma conversa de teste com A.L.I.C.E.

A.L.I.C.E, entretanto, é Open Source e faz parte do Projeto Pandora. Para você ter uma ideia da grandiosidade desse projeto, A.L.I.C.E já recebeu a “ajuda” de mais de 500 desenvolvedores de todo o mundo, além de ter sido o projeto vencedor do Prêmio Loebner em 2000, 2001 e 2004. Esse prêmio faz parte de uma competição anual de inteligência artificial.

#2001 – Smarterchild, de Robert Hoffer

Smarterchild foi criado pela ActiveBuddy, mais especificamente por Robert Hoffer, um grande empresário norte-americano e que tem mais de 25 anos de experiência em tecnologia e softwares.

Contudo, o chatbot Smarterchild era voltado para redes SMS e dotado de recursos que possibilitam a personalização conversacional. - WHAT?! :O - Inicialmente, foi criado para ser usado com o AOL Instant Messenger, em junho de 2001, e o Windows Live Messenger por meio da compreensão da linguagem natural.

Diversos estudos apontam este como um precursor da SIRI e da Voz da Samsung. Só para você ter ideia, o Smarterchild tinha 30 milhões de usuários e recebia mais de um bilhão de mensagens por dia.

Seu rápido sucesso levou o SmarterChild a ser orientado para marketing, no caso de bandas como Radiohead e alguns filmes como Austin Powers, por exemplo.

Assista ao vídeo abaixo para completar seu entendimento

https://www.youtube.com/watch?v=cB8VQ7IiP50

#2003 – Tim Blah, da InSite

Desenvolvido com a tecnologia da InSite, o Tim Blah! é um chat bot criado no início dos anos 2000 com diversos personagens virtuais. A ideia era fazê-los interagir com os usuários do chat como se fossem pessoas de verdade (carência? pergunto-me silenciosamente...)

Baixe o infográfico da História dos Chatbots

Funcionava como uma espécie de comunidade móvel e chegou a acumular aproximadamente 5 milhões de usuários. Entre alguns personagens, podemos citar 10inibida e o famoso Kerokolo (próprio nome remete a uma carência total). Esses personagens eram ancorados em métodos de Inteligência Artificial com processamento de linguagem natural.

Essa metodologia permitia a possibilidade de compreensão de frases para que as respostas fossem apropriadas para cada situação/interação. Sua programação foi feita para que houvesse o maior grau de naturalidade possível.

# 2004 – Ed Compet, da InSite

Esse é um robô extremamente legal, pena que tem andado muito de férias – quem dera eu tivesse a quantidade de dias de férias que ele tem. Criado em 2004 e baseado em Inteligência Artificial, é “capaz de conversar com milhares de usuários simultaneamente como se fosse um atendente real e falar de assuntos ligados ao uso racional de energia, derivados de petróleo, meio ambiente, gás natural, dicas de economia, qualidade do ar, etc.”, de acordo com informações do site do desenvolvedor.

“ED é uma sigla e significa "Energia e Desenvolvimento", ainda conforme informações do site da empresa que o desenvolveu. Ele é capaz de falar de “n” assuntos desde dinossauros até turbinas eólicas, técnicas de extração de petróleo, bactérias, ecologia, gás natural, veículos híbridos, energias alternativas”, segundo a descrição oficial do simpático robozinho.

Ed Compet, o robozinho da Petrobras

Para você fazer menção da importância desse projeto, diversas pesquisas acadêmicas (8 teses de mestrado e 9 de doutorado) já foram baseadas nele. A missão desse robozinho de olhos azuis e cérebro positrônico (conceito desenvolvido nos livros de Asimov) é ajudar a preservar os recursos naturais e usar a energia do planeta Terra de maneira eficiente.

Muitas pessoas estavam envolvidas no desenvolvimento do ED. Ainda segundo informações do próprio desenvolvedor “especialistas em diversas áreas como Inteligência Artificial, Computação Gráfica, Linguística, além de um grupo de escritores, profissionais da área de petróleo, gás e energia e até uma psicóloga” participaram do projeto e utilizaram técnicas que vêm sendo desenvolvidas desde 1998.

# 2006 – IBM Watson

Talvez um dos softwares mais avançados que eu conheço. Posso estar enganado, uma vez que não sou da área de tecnologia. Contudo, o Watson é um sistema de programação cognitiva. De acordo com um artigo publicado por Tahiana D’Egmont, da IBM, “na prática são diversas APIs disponíveis de Watson e, com elas, você pode criar seus próprios programas, sistemas, aplicações (como quiser chamar) cognitivas. Ou seja, toda a inteligência por trás do Watson está disponível para que desenvolvedores criem as mais incríveis aplicações em cima dela.”

Baixe o infográfico da História dos Chatbots

Ainda segundo informações do artigo de D’Egmont, “tipos de uso de aplicações cognitivas incluem entender emoções, interpretar textos e imagens, dar respostas (como em chatbots, por exemplo), ouvir sons e assim por diante”.

Ainda falando de IBM, a tecnologia Deep Blue venceu o GM russo Garry Kasparov, campeão mundial absoluto do xadrez durante 17 anos e considerado por muitos o maior enxadrista de todos os tempos. Contudo, muitos dizem que o robô, ao sagrar-se vencedor, não podia ser considerado inteligência artificial por “não saber” que estava numa partida de xadrez.

https://www.youtube.com/watch?v=NJarxpYyoFI

# 2010 – SIRI, da Apple

A SIRI é um assistente pessoal exclusivo da Apple suportado em iPhone, iPad, iPod, Apple Watch e Mac. E fundamentado por processamento de linguagem natural (PLN) e centrada em aplicações de inteligência artificial. A SIRI pode ajudar de diversas formas, desde responder perguntas, executar ações específicas e fazer diversas recomendações com base no padrão de uso.

Além de tudo, é um sistema inclusivo, uma vez que deficientes visuais podem usar o aparelho sem problemas, basta adaptar-se à situação. Quem deu voz à SIRI foi a brasileira Regina Bittar.

Você pode pedir diversos serviços para a SIRI, desde enviar mensagem ou ligar para alguém, tirar selfie, criar lembretes, abrir aplicativos, acionar alarmes... uma infinidade de coisas extremamente úteis ao dia a dia na correria da cidade.

Assista ao vídeo da EXAME e veja algumas tarefas que a SIRI pode fazer por você J

https://www.youtube.com/watch?v=1eu4iFn12tA

# 2012 – Google Now

Criado pelo Google, o Google Now é um assistente pessoal desenvolvido para Android e IOS. Basicamente, tem “quase” as mesmas funções da SIRI e ajuda o usuário a manter-se mais produtivo em relação ao uso do aparelho.

Contudo, podemos dizer que ele também ajuda na rotina e algumas funcionalidades são bastante úteis como: previsão do tempo, notícias personalizadas e trânsito na sua cidade. Além do mais, o app também possui um sistema que pode ser operado por comandos de voz e responde qualquer tipo de pergunta.

Veja abaixo o vídeo do CanalTech, apresentado por Mateus Okuma, e fique por dentro de algumas de suas funcionalidades

https://www.youtube.com/watch?v=3W2HQN64TOg

# 2014 – Alexa

Em novembro de 2014, a Amazon, do bilionário Jeff Bezos, lançou o Alexa. De forma bastante sucinta, o Alexa é um assistente pessoal inteligente, como a SIRI, e tem funções bastante semelhantes. Com esse chatbot, você pode se conectar a serviços, interagir por meio da voz, pedir para tocar musicar, criar alarmes, saber notícias do trânsito da sua região, etc. Uma infinidade de coisas.

De acordo com a descrição do próprio site “com o Alexa, você pode criar experiências de voz naturais que oferecem aos clientes uma maneira mais intuitiva de interagir com a tecnologia que usam todos os dias. A coleção de ferramentas, APIs, soluções de referência e documentação facilitam a criação de pessoas com o Alexa”. Você pode ler mais sobre esse chatbot e acessa todos os detalhes no site da Amazon.

https://www.youtube.com/watch?v=UOEIH2l9z7c

# 2014 – Cortana

Bem, nesse eu sou suspeito para falar. Tenho usado bastante, apesar de parecer um louco falando com um computador e sendo respondido por ele! Em linhas gerais, a Cortana, que começou a ser desenvolvida em 2009 e apresentada em 2014 no Microsoft BUILD Developer Conference, em São Francisco (EUA), tem as mesmas funcionalidades dos demais, claro, todos têm sua particularidade.

Baixe o infográfico da História dos Chatbots

Se você tem uma agenda movimentada, esse é o chatbot certo para você. No vídeo abaixo você pode entender melhor o porquê. Tem uma funcionalidade muito bacana que é o agendamento de um lembrete por localidade. Exemplo: eu gosto muito de geleia. Então, quando eu estiver no mercado, a Cortana me lembra: “João, não se esqueça de pegar a geleia”. Isso é muito legal!

Segundo o site da Microsoft, a descrição do produto diz que ela pode “enviar lembretes com base na hora, em locais ou em pessoas, rastrear pacotes, times, interesses e voos., enviar e-mails e SMSs, gerenciar seu calendário e manter você atualizado, criar e gerenciar listas, bater papo e jogar, encontrar fatos, arquivos, locais e informações, abrir qualquer aplicativo no sistema, etc.” E, assim como os demais, quando mais você usar, mais ela fica personalizada.

https://www.youtube.com/watch?v=DxrJWSi_IWo

# 2015 – Bots for Messenger

Nesse ponto, o pessoal do canaltech fez um artigo muito legal sobre os bots para Messenger do FB. Contudo, esse funcionalidade do Facebook Messenger foi lançada em 2016 durante o Facebook F8, onde Mark Zuckerberg anunciou esse upgrade para quem tem perfil voltado para os negócios. Chamado pelo CEO do FB por “Agents on Messenger”, foi aderido por grandes empresas.

Nesse sentido, podemos citar Sephora, Uber, Pizza Hut, Climatempo, Burberry, entre outros. Essa funcionalidade permite aos administradores das páginas incluir botões de ação, incluir imagens, fazer chamadas, diversas outras mecanismos que favorecem a adequação para diferentes segmentos do mercado. Faça o teste agora mesmo e veja como funciona :D

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Bem, meu tempo por aqui está, ironicamente, esgotando-se e eu poderia escrever um livro inteiro sobre o assunto. A mensagem que fica é: os tempo mudaram, e os três pilares do futuro (BlockChain, Internet das Coisas e Inteligência Artificial) chegaram – há muito tempo, e já estão marcando forte presença no dia a dia e no convívio social.

Mudam e impactam diretamente a forma como nos relacionamos com empresas e indivíduos, tanto no senso coletivo quanto individual – consigo.

Não há formas de prever tudo o que será, falando de tecido social, do surgimento de novas culturas. Nem o mais sábio pensador da história antiga poderia prever isso, nem mesmo se ele avançasse 1000 anos no tempo. Esses três pilares sustentam o conceito de modernidade líquida, tratado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman.

O distanciamento no trato humano e, ao mesmo tempo, uma aproximação assustadora nos reserva um futuro de máquinas inteligentes no qual viveremos, literalmente, nas nuvens. O que Alan Turing ou o próprio Asimov diriam ou escreveriam se estivessem vivos assistindo à revolução das máquinas?

Sei que faltaram muitos chatbots para citar, ainda mais hoje, com tantos deles espalhados por aí. Enfim. Que pensemos que as culturas que sustentam os diversos tecidos sociais não se desfaçam, não se sujeitem ao online e offline, por mais que isso pareça irreversível, deve haver limites. Mas sim, que a importância do olho no olho nunca se perca.

Contudo, o que são essas além de ideias concomitantes e superpostas?

Você gostou do artigo? Então baixe o infográfico sobre a História dos Chatbots que nós preparamos especialmente para você!

PT, saudações, um abraço: câmbio, deslig...